Passando por uma loja, um dia desses, comprei um coturno novo. Fiquei olhando para ele e por algum motivo ele me encantou. Ele é um pouco diferente do coturno q eu tinha anteriormente, que era um clássico militar. Esse novo tem umas fivelas prateadas, o cano um pouco mais alto, solado mais alto também e um zíper na lateral para facilitar a colocação.
Ele tinha uma aura... Uma aura que evocava uma lembrança... Lembrança??? Mas de quê?
Sim, uma lembrança do primeiro coturno que meus pezinhos (pezinhos? Humpf, eu calço 39!) já usaram.
Meados dos anos 90, mais precisamente 1995, no alto de meus 13 anos, eu cismei que queria uma botinha. A gente nessa idade tinha um certo preconceito quanto a este tipo de calçado, já que quem usava botinhas na escola eram aqueles que precisavam corrigir algum defeito no pé. Mas, diabos! Eu queria uma botinha!
Lá fui eu, um belo dia, passear em um shopping em São Paulo (talvez o Morumbi, ou o Eldorado, não me lembro)! Passando por uma loja, avisto a coleção de uma marca de sapatos que até então eu não conhecia, a Via Marte (fato meio óbvio para quem até então só tinha usado marcas como Ortopé, Popi e mais recentemente M2000). Ela estava ali, preta, cano alto, fivelinhas prateadas na lateral, solado alto e um zíper na lateral para facilitar a colocação! Epa, acho que isso se parece com alguma coisa... Bem, de qualquer forma, saí da loja com a minha botinha, procurando o vestido longo jeans com o qual eu iria combiná-la para ir à festa de Natal, na casa de meus tios. Achei tudo e voltei para casa feliz da vida para ficar adimirando no espelho, como aquela botinha era linda e como combinava comigo!
Investigando um pouco mais esta história, vem a pergunta: Por que cismar com uma "botinha"?
É verdade, por que eu cismei com a botinha?
A resposta é simples! Foi por causa do Axl Rose! Sim, eu admito, eu adorava Guns n' Roses e o Axl era o homem ideal para mim! Quem nunca foi trash uma vez na vida que atire a primeira pedra!
Poxa! Que legal! Então está tudo resolvido! Eu vesti uma "botinha" (que depois eu vim a saber que se chamava coturno) pela primeira vez aos 13 anos por causa da primeira banda de rock! Que lindo! Só que... Peraí... Primeira banda de rock?
Nã-nã-ni-nã-não! A primeira banda de rock da qual eu adquiri um CD, não foi o Guns, não! Foi o Dire Stratis! Aliás, os dois primeiros CDs da minha vida foram do Dire Stratis! Em primeiro, Money for Nothing, um clássico. Logo depois, On Every Street, com uma de minhas favoritas, Calling Elvis.
Retrocedendo mais um pouco, vejo que as primeiras bandas de rock da minha vida, não foram as já citadas. Elas vieram quase como herança genética: Beatles e Pink Floyd. Esta última, por não conseguir compreender direito sua genialidade, eu odiava, quando eu tinha 6 ou 7 anos!
Depois de tudo isso, analiso a minha trajetória, da qual também fazem parte The Doors, Janis Joplin, Jimi Hendrix, T-Rex, Joan Jet, Suzi Quatro, Iron Maiden, Angra, Metallica, Yes, Supertramp, Rush, Led Zeppelin, The Cure, Siouxie, Pretenders e a magnifica Chrissie Hind, Eurythmics, Depeche Mode, The Who, Elton John e sua participação em um filme ópera rock dos anos 70, do qual não me lembro o nome, Emerson Lake & Palmer, Fleetwood Mac (eu amo a Stevie Nicks), 4 Non Blondes, Simple Minds, Scorpions, Bon Jovi (sim, eu já adimiti no começo, eu já fui trash), Genesis, Whitesnake, Animals, Peter Frampton, Monkees, os posers Kiss e Twisted Sisters, os grunges Alice In Chains, Soundgarden e Stone Temple Pilots, America, Echo & The Bunnyman, The Mission, Joy Division, Smashing Pumpkins, Type O Negative, Screaming Trees, Iggy Pop e seu The Stooges, Sex Pistols, The Clash, The Sundays, Focus, Cranberries e muitos outros que eu não estou me lembrando, e penso: "Uau! Tudo isso por causa de um coturno?"
É, tudo isso por causa de um coturno. Ele me revelou muita coisa a respeito da essência desse estilo de vida chamado rock.
Bem, eu sou assim... Por causa dessa influência musical, eu gosto de fantasia, eu gosto de arte bem feita, eu gosto de letras e contos bem escritos, eu gosto de coisas que me movimentam. E eu detesto o oposto disso tudo!
O modo como a gente se veste pode sim, dizer muito a respeito da gente. O que podemos dizer das meninas que escolhem o coturno em vez de um salto agulha?
Eu sei que estou devendo um post decente, daqueles que enchem a tela com palavras, desabafos, etc...
Falta-me tempo, no entanto. Tá, e coisas legais para contar também. É, tudo bem, eu sou um Eshu, não sou !? Então, eu tenho coisas para postar. Não são legais, mas continuam a ser coisas para postar.
Eu só preciso estar inspirada para fazer isso. Acho que o inverno aqui no *_Vale_* foi muito rigoroso e congelou mãos, idéias e sentimentos...
* Um acontecimento marcante a nível psicológico ocorreu aos 16 anos;
* Empenho e busca da verdade;
* Se cobra muito;
* Pode ter prejuízos por negligência;
* Cuidado ao assumir posições de comando;
* Realismo;
* Escravo(a) da imprevisibilidade;
* Testes de fé e otimismo;
* Cuidado com as precipitações;
* Quebra velhos valores;
* Evite a rigidez consigo mesma;
* Não seja radical;
* Atenção a acidentes pessoais;
* Fortificou-se ou amadureceu através de uma perda;
* Convicções poderosas;
* Postura honesta;
* Fidelidade aos seus princípios;
* Não se deixe sucumbir pelas preocupações;
* Respeite as hierarquias;
* Capacidade construtiva e moderação;
* Tem que estar 24 horas com os "pés no chão" ;
* Tire sua "armadura" emocional;
* Personalidade marcante;
* Vença o pragmatismo ou toda sistemática;
* Nunca tenha preconceitos;
* Voe baixinho ( e depois poderá atingir as alturas);
* Evite o fatalismo;
* Sintonizado(a) psiquicamente com cataclismas e mudanças no mundo;
* Exerça com sabedoria seu poder;
* Não seja apressada;
* Íntegra e direta nas opiniões;
* Trabalhe suas culpas;
* Confronta o fanatismo;
* Não faça "tempestade de um copo d'água" ;
* Luta para manter a segurança material;
* Não imponha nunca;
* Zela pela segurança alheia;
* Crises de identidade quando adolescente;
* Trabalhe o pessimismo ou indiferença;
* Cuide da coluna vertebral, articulações, atenção a cortes ou queimaduras;
* Tem o poder de derrubar a falsidade ou desmascarar os outros;
* Perdas estranhas podem acontecer;
* A humildade é caminho para o sucesso;
* Quer entender tudo ao mesmo tempo;
* Vire a página das antigas dores;
* Coordene seu trabalho paralelamente ao emocional;
* Vá fundo em si mesma;
* Valorize tudo o que tem e agradeça;
* Não se puna;
* Evite os deprimidos ou pessimistas.
Depois de algum tempo longe de meu mundo fantástico, não resisti e aqui estou, de volta.
Tenho estado um tanto o quanto isolada. Não só da Internet, mas do mundo em uma forma geral.
Precisei de um tempo de descanso, um tempo nos quais você não faz muita coisa, apenas come, dorme, se diverte, dá risadas e pensa. Pensa muito.
É mais ou menos como passar um Defrag no computador. Você dá uma examinada nos arquivos guardados, agrupa, reordena, deleta... Depois você passa um AntiVirus e elimina todos aqueles pensamentos contaminados por influências malígnas alheias.
Nesse processo acabei (re)descobrindo uma série de coisas. Por exemplo: eu não sou de ferro.
Eu acho que agüentei muita pancada, nesses últimos tempos. Engoli muita coisa que precisava ser dita, muitas vezes, para que o respeito fosse mantido.
Quer saber de uma coisa? Chega. Não vou mais ouvir coisas desagradáveis e ficar quieta. Não vale a pena. Isso estressa, deprime, dá dor de cabeça, dor nas costas, dor no ombro, ataca a gastrite, piora a TPM...
Cansei de tudo isso. Já passei mal o suficiente por causa de preocupações, para perceber que isso é burrice.
E minha meta agora será ter menos papas na língua!
E que os deuses me segurem, pois a tendência para dizer certas coisas para um certo ogro de saias é muito forte!
As férias chegaram. Demoraram muito, mas chegaram. Não sem uma série de turbulências anteriores à ela. Não, ela não iria dar o ar de sua graça sem uma pequena confusão antes.
Lógico, estou falando de Sternenhölle. Aquele lugarzinho sem-vergonha, onde as pessoas sempre são horrorosas, por mais simpáticas que elas tentem ser. E elas nunca tentam ser simpáticas.
Houve uma grave confusão por conta de muitos mal entendidos, que poderiam ter sido resolvidos por uma simples conversa. Uma simples conversa! Que não houve.
Eu fiz o que me mandaram fazer, que foi colocar meus trabalhos em um determinado lugar. Acontece, que, este lugar, havia sido prometido para outra pessoa e eu não estava sabendo. No momento em que eu estava colocando meus trabalhos, a pessoa para a qual o lugar havia sido prometido (praticamente um ogro de saias), não fez nada além de me olhar com cara feia e ficar cochichando com uma de suas amiguinhas. Como cara feia para mim é fome, ignorei o episódio.
Pois bem. Minha fiel companheira de Hölle também havia recebido um painel para expor seus trabalhos. Por conta de uma greve de metrô, ficou impossibilitada de fazer isto durante cerca de uma semana. Quando tudo se normalizou, qual não foi nossa surpresa ao constatar que um indivíduo de nossa sala havia ocupado o painel destinado à minha amiga. Quando repreendido por ela, soltou:
_ Fale com sua amiga (eu). O trabalho dela está ocupando muito espaço.
E toca eu sair de minha aconchegante cama para resolver o pepino. Chegando lá, afastei meus trabalhos e minha amiga pôde expor os seus.
Final feliz, certo? Errado. Apenas dois dias depois eu fui saber da história completa descrita no início do post. Ou seja, no final de tudo, a culpa caiu sobre mim, que não estava sabendo de nada.
Eu fico me perguntando: custava alguém ter vindo falar comigo? Custava aquele ogro de saias ter dito que o professor havia prometido aquele painel para ela também? Custava ter conversado? Eu teria afastado um pouco meu trabalho, ou teria mudado-o de lugar, coisa que eu queria ter feito desde o início, mas que não me deixaram! Eu não sou um monstro! Eu consigo conversar! Sou bem diferente deles mesmo, que quando ficam sem argumentos, apontam o dedo para a cara das pessoas que os derrubaram com a inteligência!
Saldo disso tudo? Uma dor de cabeça tremenda, durante a noite e a certeza de estar estressada por conta de pessoas e questões que não valem a pena.
Mas, como tudo no fim dá certo, durante o grand finale (em que tudo deu errado também) de um outro rumo que meu trabalho tomou (moda), tive meu modelo premiado.
É, apesar de tudo a justiça ainda reina neste mundo!
Acho que este é o desejo de 99,9% da população. No entanto, ao olharmos para estas pessoas (incluindo nelas, eu e você, leitor), vemos em seus olhos, tristeza, melancolia, remorso, raiva, enfim, nenhum sentimento que nos aproxime da tão sonhada felicidade.
Em grande parte, esses sentimentos provêm de uma eterna espera. Temos um bom emprego hoje, mas esperamos pelo aumento de salário que vai nos modificar completamente a vida. Temos uma pessoa linda e maravilhosa ao nosso lado hoje, mas esperamos pelo casamento, ou pela próxima pessoa que aparecerá, estas duas situações, sim, que mudarão nossa vida para melhor, sempre. Temos um dia chuvoso hoje, mas esperamos pelo dia de amanhã, que com certeza trará o sol!
Aí, começam os problemas. Ansiando pelo amanhã, você esquece de viver o hoje. Apressar as coisas, pular etapas, fazem com que você perca a oportunidade de ter grandes momentos em sua vida.
Realize um bom trabalho hoje, aproveite seu namoro, saia no meio da chuva e deixe que a água lave sua alma! Viva o presente. Esqueça aquele negócio de viver desenfreadamente como se você não tivesse um amanhã! Calma. Você terá esse amanhã, se você viver bem o presente, se você cuidar de si mesmo e prestar atenção nos caminhos que trilha. Sim, eu sei que nossa vida é curta, se formos nos comparar com uma sequóia gigante, mas teremos tempo aqui suficiente para realizar um bom trabalho e deixarmos bons frutos.
O futuro só se constrói com um bom presente, não com ansiedades.
_ Ser chamada de ignorante e alienada por não ter ido assistir ao filme Carandiru e nem pretender fazê-lo.
Se fui ver o filme? Não, não fui. Se vou ver? Nem que me paguem. Por quê? Porque o assunto não me interessa. O que me disseram sobre isso? Que estou querendo fechar os olhos para a realidade.
Hã!? Um filme comercial? Realidade? Há algum engano por aí. Não acredito nem que o livro retrate a realidade.
Ele é apenas a visão de um único homem que esteve ali. Um homem letrado que sabe o que é publicável ou não. E por um acaso você acha que a total realidade de uma cadeia teria chance de ser publicada? Muita coisa foi omitida, podem ter certeza.
E outra, não acredito nem que as pessoas que estavam lá dentro sejam reais! Pelo menos, para mim, falar normalmente que você matou uma pessoa porque ela estava mexendo com a sua mulher, ou dizer normalmente que vai matar aquele cara (e cumprir) porque ele te desrespeitou de alguma forma idiota, tem um toque enorme de irrealidade. Ou pelo menos de surrealismo. Não estou dizendo que essas coisas não existem. Estou dizendo apenas que a realidade deles é outra. E, que não importa o que você faça, nunca você vai conseguir compreender e expressar o que leva um homem a matar outro pelo simples fato de que é divertido ver a mulher que estava ao lado dele, berrando.
E, tenha certeza, não é assistindo ao filme, ou lendo o livro que você vai entender o que se passa na cabeça de um criminoso. Ah, mas o filme retrata a vida na prisão? Desculpe, mas nem o livro nem o filme vão fazer com que você entenda o que é estar em uma prisão. Tenham certeza, só quem viveu lá é que sabe a história inteira. Como eu não estive, sinto muito, não sei e vou continuar não sabendo, do mesmo modo de quem leu o livro ou viu o filme.
_ Epopéia da gravura
Além de não ter conseguido imprimir minha gravura (por conta de uma série de acontecimentos bestinhas) e, por medo, ter preferido ficar fora da aula, acabei tomando bronca. A amiga (única naquela sala, por sinal) avisou que não havia problema em entrar para aula. Me preparando para a chatice habitual do professor, lá fui eu.
Tomei "aquele" esporro por ter entrado atrasada. O pior de tudo é ter de ouvir, durante o falatório moralista: "Nesse espaço aqui, mando eu" ou "Vocês tem que saber o que querem. Se não sabem, vão procurar outro curso.". E ver todas as cabecinhas puxa-saco concordando com um falatório moralista e sentimentalmente barato do tipo "Ai, eu não gosto de passar sermão, fico parecendo um pai chato". Ah, meu querido, você gosta de passar sermão sim. Se não gostasse, não passava.
Sinceramente, ao final do palavrório, deu vontade de responder: "Se eu sei o que eu quero? Ah, sei sim! Eu quero ir embora daqui o mais depressa possível, com um diploma na mão! Depois eu vou me dedicar à musica!"
Mas, não. Não vou arrumar encrenca à essa altura do campeonato. Faltam apenas 18 meses para sair daquele inferno. Apenas 18 meses...
_ A curiosidade matou o gato. E quase mata a "colega" de classe.
Sobre a primeira: Antes de tomar uma atitude que vai interferir bastante em seu futuro, pare e olhe. Às vezes você pode estar metendo a mão num vespeiro. E isso não é agradável.
As pessoas sempre pecam por enxergar apenas aquilo que elas querem.
Sobre a segunda: Errar é humano. Insistir no erro... Certos problemas tem que ser cortados pela raiz. Têm de ser resolvidos de uma maneira rápida. De preferência curta e grossa. Ficar adiando a resolução, faz apenas com que ele aumente como uma bola de neve, provocando mais dor. E nada que causa dor é bom.
Chafurdar na dor quando a resolução é simples? Ah, faça-me o favor!
Sobre a terceira: Eu, às 7:30 da matina na faculdade, fazendo um trabalho, em um dia onde não teria as primeiras aulas. Avisto uma menina que está em minha sala, que logo me lança uma pergunta:
_ Você, por aqui, a esta hora?
_ É, né, fazer o quê?
_ Você vai para o curso de cerâmica?
_ Não, não vou.
_ Então, o que você faz aqui? (no maior tom "saia daqui sua intrusa, você me dá nojo!")
Minha vontade, respondeu: _ Não é da sua conta, sua cretina!
Eu, respondi: _ Estou fazendo trabalho na sala de gravura... (com o tom mais amável do mundo...)
Pois é, às vezes a gente tem que sacrificar nossas vontades, nossos ímpetos mais violentos (embora, justificáveis), em troca de uma boa convivência.
Não, a convivência não será boa, nunca. Mas, pelo menos aceitável ela deve ser. E agradeço aos deuses do sono que me impediram de voar no pescoço da idiota!
Brigar, à essa altura do campeonato, não valerá a pena. Faltam apenas 18 meses para sair de Sternenhölle. Apenas 18 meses...
Conclusão da semana: As pessoas perdem tempo demais tentando explicar coisas que não devem ser explicadas, pois simplesmente aconteceram. E se já aconteceram, não há nada que nos redima da falta, nem nada que precise ser redimido, se o ato foi executado com lucidez e honestidade.
Por que então as pessoas ainda perdem este tempo? Levanto uma hipótese. Heroísmo. Todos querem ser heróis, ou posar de tal. Em outras palavras, é pura auto afirmação.
Certas pessoas, para serem aceitas em tais ou quais grupos, nos quais estão (supostamente) queimadas, tentam justificar seus atos. Lógico, aumentando um pouco daqui, um pouco dali, omitindo certas coisas acolá, modificando "de leve" outras coisas, atribuindo certas "qualidades", às outras pessoas envolvidas na história, e mais desse tipo de coisa.
Minha opinião sobre isso? It's a bullshit! São palavras jogadas ao vento, que não trarão nada de bom e respeitável. E, talvez, também não tragam nada de ruim ou mesquinho. Em outras palavras, é um falatório que trará uma falsa sensação de segurança para aquele que perde seu tempo com ele. Trará a falsa impressão de que a pessoa em questão "se deu bem".
Há quem me diga que tal ser possa estar preocupado em contar a sua versão da história, já que a outra parte está presente na turma há mais tempo. Em resposta, eu digo: mas, como, se nem eu me preocupei em contar minha versão dos fatos, pois para mim não importava, como ainda não importa?
Eu costumo não perder tempo me explicando sobre meu passado, pois, eu gosto de deixar as coisas em seus devidos lugares e passado não foi feito para a gente ficar remoendo, lamentando ou explicando. Muito menos para colocar gente que nada teve a ver com isso, nele. Ele foi feito para você olhar, analisar ver onde você errou ou acertou, digerir e mandar às favas, porque o presente é muito mais interessante e tem de ser bem vivido para que o futuro seja bom. Estou perdendo este tempo agora, pois acredito que as palavras tem poder. E o que quero com este desabafo, é encerrar de vez o assunto, pois não quero disse-me-disse em minha vida. Sim, é exorcizar pequenos diabretes para que eles voltem para seus devidos lugares e parem de me encher.
E chego à conclusão de que perdi tempo demais. Estou atrasada para algo realmente importante na minha vida.
E, termino o texto com as seguintes palavras mágicas:
ASSUNTO ENCERRADO.
E com o mantra invencível:
"Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder!"
"Provocações são provocações e, por mais inocentes que sejam, os motivos que levam-nas a surgir nunca são tão inocentes assim."
Recebi um convite e estou com medo de aceitá-lo, pois sei que ao adentrar o lugar, vou ter que agüentar falsidade, inveja e todos esses sentimentos "legais" de pessoas que não suportam ver a felicidade de outras pessoas.
Eu poderia recusá-lo. Poderia. Meu espírito bélico não me deixará fugir da raia. E, como intuição não é coisa que se descarte, irei, de bom grado, mas irei preparada.
Trabalhar com arte é difícil. Para a maioria das pessoas, pintar um quadro ou arranhar acordes em um violão é um hobby. E, para pessoas como eu, que fizeram disso uma escolha de vida?
É simples. Temos que conviver com a descrença. Descrença das outras pessoas que não conseguem imaginar como alguém pode viver de arte. Descrença dos próprios colegas de profissão que não conseguem imaginar como você vai viver disso fazendo o tipo de trabalho que você faz. Descrença sua, que não consegue imaginar como você vai viver de arte, fazendo o tipo de trabalho que você faz.
Há uma descrença geral de que arte seja uma profissão. Para os olhos alheios, parece que você sempre está de férias, o que está muito longe da realidade.
Recentemente, me jogaram na cara que eu durmo a tarde inteira, enquanto a pessoa em questão está correndo atrás de um monte de coisas. Ok, eu durmo as tardes que eu tenho livres, mas acho que ninguém se preocupou em como eu passei a minha noite, se eu fiquei até as 4 da manha com um estilete na mão, tentando recortar letrinhas miúdas em um acetato. Lógico, com luz extremamente precária, que é a única que eu tenho. Isso tudo, tendo que acordar às 5 e meia no dia seguinte...
Trabalhar com arte, não é nada lá muito ortodoxo, mas não deixa de ser um trabalho. Não é ortodoxo, pois você não tem um horário fixo. A inspiraçao bate na hora em que ela quer. E ai de você se não levantar de sua cama para anotar uma idéia. Ela some sem deixar rastros. Por outro lado, você vira um escravo disso. Sua produção tem que ser constante. Estou em uma faculdade e tenho prazos como todos os que estão na faculdade. Tenho trabalhos como todos que estão na faculdade. E tenho que entregá-los. E quando eu não estou com saco, nem com cabeça, nem com inspiração para fazer um trabalho? Em um trabalho "normal", de pesquisa, a pessoa lê dois ou três livros, digita tudo no computador, imprime e acabou. No meu caso, eu tenho que ter a idéia e depois executar o projeto, o que nem sempre é tão simples, nem tão rápido.
Quando eu sair da faculdade? Ah, sim, a coisa vai piorar só um pouquinho. Não sou uma pessoa influente. Não conheço ninguém importante do meio. Vou expôr? Onde? Tá, digamos que caia do céu uma mega exposição para mim, que eu consiga vender todos os meus trabalhos e que um bom dinheiro entre em minha conta. Eu agora, poderia tirar umas longas ferias para compensar o trabalho, certo? Errado. Agora eu tenho que pagar as contas do material que eu gastei e já emendar nisso, uma compra de grande quantidade de material para continuar produzindo para uma outra exposição daqui a, no máximo, seis meses, para não cair no esquecimento. Arrumar dinheiro? Sim, é possível! Dou aulas aqui e ali e levanto um troquinho! Só que não posso pensar em projetos muito grandes. Ninguém compra uma casa ou um carro ganhando 100 reais por mês. A menos que você deixe de comer, viver e realizar seu trabalho.
Tá certo, eu moro na casa de meus pais e não tenho tantos gastos assim. Mas você acha que eu quero continuar assim minha vida inteira? Sem comentários!
Você pode me dizer: Ah, aperta um pouquinho daqui, um pouquinho dali, e vai economizando. Economizar? Economizar o quê? O que eu não ganho? Se eu quero ou preciso comprar um livro, metade do meu salário vai embora. Se eu quero, ou preciso sair em um fim de semana, é outra quantia que se vai. Aí você me diz: Ah, pare de sair! Parar de sair? Sinto muito. Eu faço muitas coisas durante a semana. No fim de semana eu quero poder arejar minha cabeça, conversar com meus amigos e relaxar! Isso faz bem à saúde, seus workaholics. E eu quero chegar aos 90, lúcida!
Isso tem um tremendo tom de desabafo, e pode ter certeza de que o é. Estou em meu penúltimo ano de faculdade com muito menos perspectivas do que gostaria ou imaginaria ter. Ainda assim não me arrependo da escolha que fiz.
Pelo que tenho observado, arte é como uma doença mortal. Se você pega, ou você trata, levando-a a diante, ou voce perde sua vida, tornando-se uma pessoa amargurada e frustrada, fazendo um trabalho burocrático, ganhando dinheiro, mas sem o menor brilho.
Essa "doença", obriga que voce seja uma pessoa desapegada, obriga que você aprenda a viver e se divertir com pouco. E sempre. Dinheiro? Você não vai ganhar. Então, esqueça os luxos. Viva com o necessário para comprar um livro de vez em quando, sair com os amigos e comprar o que você precisa para trabalhar.
Esta é uma lição que eu procuro ter sempre em mente. Trabalho é trabalho. Diversao é diversao. Às vezes um interage com o outro. E você precisa dos dois. Principalmente, quem usa (em extremo) a mente, o que deveria ser o caso de todo artista. Arte é um trabalho mental. Ou deveria ser (e, lamentavelmente, para muitos não é, mas este é assunto para outro post).
Resumindo tudo o que você leu aí em cima, e parando um pouco com o devaneio, se você quer ter uma profissão simples, vá procurar a medicina ou a engenharia. Dá muito menos trabalho, pode acreditar!
Há mais ou menos um mês ando em terrenos pouco férteis de inspiração para posts.
Para tentar arrumar algum assunto para postar, tentei listar algumas idéias:
Guerra: Cheguei a uma conclusão sobre este assunto: enquanto eles estiverem jogando videogame com bombas de verdade, o fato não merece meu respeito. Quando, definitivamente, eles estiverem sobre cavalos, empunhando espadas e, no máximo arcos e flechas, dando chances para que seus adversários se defendam e lutem bravamente, eu cometarei seriamente este assunto. Blah!
Amor: Sim, ele existe, sim, eu o encontrei, não, eu não quero falar sobre ele.
Depressão: De vez em quando eu ouço seu canto negro. Não falarei sobre ela, pois assim estarei dando a atenção que ela não merece. E eu não tenho o menor motivo para dar-lhe ouvidos.
Tristeza: Sinto sua sombra negra sobre meus olhos, às vezes. Talvez seja um reflexo de tudo o que a humanidade vive hoje, talvez seja reflexo de coisas que eu vivi, talvez seja medo, talvez seja apenas cansaço. De qualquer modo, ela também não merece minha atenção.
Faculdade: Ah, me poupe!
Mulheres: Sou uma. Tenho minhas esquisitices e este post é uma prova delas. É tudo o que tenho a dizer.
Homens: Tenho um maravilhoso que me acompanha. Agora, estou sentindo saudades dele.
Meu dia-a-dia: É monótono, pode ter certeza!
Posts: Continuo sem assunto. Mas acho que este aqui não é dos piores.
O mais interessante foram as sensações que tive (isso mesmo, eu sinto os meus sonhos). Parecia que meu corpo se fundia com o ar e, assim, minha matéria se desfazia e eu flutuava.
Tentei fazer isso quando acordei. Não deu certo.
Já que o corpo não voou, deixo que a mente o faça.
Em algum lugar...
Ele passava o dia escrevendo. Era um estudioso e sua paixão eram as borboletas.
Quando não estava em frente a sua máquina de escrever, estava atrás de uma câmera, pelos jardins, fotografando borboletas.
Em seu laboratório revelava formas e cores, principalmente cores, os contrastes entre flores e borboletas.
A foto que ele iria revelar agora era a mais esperada. Aquela borboleta era raríssima. Era branca com manchas vermelho vivas em suas asas.
A borboleta rara estava lá. E, sentada em uma flor, meio fora de foco, ela também.
Eu sei que tenho muita coisa para postar. Muitos desabafos a fazer.
Muitas coisas aconteceram nos últimos dias. Algumas delas bastante desagradáveis.
Mas, não sei se devo gastar meu tempo e minha energia com lamúrias. Acabará não valendo a pena.
São pequenas coisas que não interferiram em nada no curso de minha vida. Então, não devo perder meu tempo com elas. O tempo que se encarregue de cuidar disso!
Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida
Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz
Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida
De que é feito o sonho?
Sair da realidade e da rotina, é necessário para que fiquemos bem. São nesses momentos que descobrimos que podemos ser felizes com pequenas coisas.
Sobre estas pequenas coisas, já falei muito, inclusive aqui no blog. Mas, a cada dia, elas me surpreendem com um novo aspecto.
Lembranças, tenho muitas. Mas poucas transformaram meu coração. E algumas, em especial, me fizeram recordar de cada uma dessas transformações e me fizeram vivenciá-las novamente em toda a sua plenitude. E são essas, lindas transformações...
Com elas, pude perceber que os sonhos são feitos de borboletas coloridas que voam por entre as flores. São feitos de intermináveis conversas ao luar. São feitos do arco-íris que se forma por entre as pedras da cachoeira. São feitos de brincadeiras na piscina. São feitos daquela única estrela cadente, que, apesar de ter sido uma só, foi a mais bela. São feitos do olhar que sorri com tamanha felicidade.
Enfim, os sonhos são feitos da mais fantástica realidade que o coração pode criar.
E assim, pude perceber que os anjos existem e caminham entre a gente.
E ao Anjo de asas invisíveis que sussurrou a música acima em meu ouvido, só tenho uma coisa a dizer: Não me importa o que acontecerá no futuro. Só quero que você esteja ao meu lado. Sempre.
Mais uma vez...Espero que logo eles voltem ao ar...
A tranqüilidade enfim chega
Infelizmente, com ela chega também a falta de assunto.
Certa vez, me disseram que, para haver alguma manifestação contundente, seja ela literária, artística, musical, política, é preciso que haja algum tipo de inquietação. A inquietação pode ser boa ou ruim, mas tem necessidade de ser expressada.
Inquietações, todos temos e a todo momento. Eu diria apenas que, agora, estou trabalhando minhas inquietações. Elas estão momentâneamente medicadas e esperando o momento certo para agir.
Coisas boas se concretizaram e coisas ainda melhores estão por vir.
As portas do Reino Proibido se abrem para te receber, caro forasteiro! Uma fada verde o convida a sentar-se no anfiteatro do castelo e ouvir as histórias fantásticas deste lindo e encantado vale!
This is my blogchalk: Brazil, Santo André, algo próx. ao Pq. das Nações, Portuguese, English, Absinct, Female, 21-25.