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*_Vale dos Ventos Brandos_*

     

terça-feira, abril 01, 2003

 
Quando a diversão dos outros é o seu trabalho

Trabalhar com arte é difícil. Para a maioria das pessoas, pintar um quadro ou arranhar acordes em um violão é um hobby. E, para pessoas como eu, que fizeram disso uma escolha de vida?

É simples. Temos que conviver com a descrença. Descrença das outras pessoas que não conseguem imaginar como alguém pode viver de arte. Descrença dos próprios colegas de profissão que não conseguem imaginar como você vai viver disso fazendo o tipo de trabalho que você faz. Descrença sua, que não consegue imaginar como você vai viver de arte, fazendo o tipo de trabalho que você faz.

Há uma descrença geral de que arte seja uma profissão. Para os olhos alheios, parece que você sempre está de férias, o que está muito longe da realidade.

Recentemente, me jogaram na cara que eu durmo a tarde inteira, enquanto a pessoa em questão está correndo atrás de um monte de coisas. Ok, eu durmo as tardes que eu tenho livres, mas acho que ninguém se preocupou em como eu passei a minha noite, se eu fiquei até as 4 da manha com um estilete na mão, tentando recortar letrinhas miúdas em um acetato. Lógico, com luz extremamente precária, que é a única que eu tenho. Isso tudo, tendo que acordar às 5 e meia no dia seguinte...

Trabalhar com arte, não é nada lá muito ortodoxo, mas não deixa de ser um trabalho. Não é ortodoxo, pois você não tem um horário fixo. A inspiraçao bate na hora em que ela quer. E ai de você se não levantar de sua cama para anotar uma idéia. Ela some sem deixar rastros. Por outro lado, você vira um escravo disso. Sua produção tem que ser constante. Estou em uma faculdade e tenho prazos como todos os que estão na faculdade. Tenho trabalhos como todos que estão na faculdade. E tenho que entregá-los. E quando eu não estou com saco, nem com cabeça, nem com inspiração para fazer um trabalho? Em um trabalho "normal", de pesquisa, a pessoa lê dois ou três livros, digita tudo no computador, imprime e acabou. No meu caso, eu tenho que ter a idéia e depois executar o projeto, o que nem sempre é tão simples, nem tão rápido.

Quando eu sair da faculdade? Ah, sim, a coisa vai piorar só um pouquinho. Não sou uma pessoa influente. Não conheço ninguém importante do meio. Vou expôr? Onde? Tá, digamos que caia do céu uma mega exposição para mim, que eu consiga vender todos os meus trabalhos e que um bom dinheiro entre em minha conta. Eu agora, poderia tirar umas longas ferias para compensar o trabalho, certo? Errado. Agora eu tenho que pagar as contas do material que eu gastei e já emendar nisso, uma compra de grande quantidade de material para continuar produzindo para uma outra exposição daqui a, no máximo, seis meses, para não cair no esquecimento. Arrumar dinheiro? Sim, é possível! Dou aulas aqui e ali e levanto um troquinho! Só que não posso pensar em projetos muito grandes. Ninguém compra uma casa ou um carro ganhando 100 reais por mês. A menos que você deixe de comer, viver e realizar seu trabalho.

Tá certo, eu moro na casa de meus pais e não tenho tantos gastos assim. Mas você acha que eu quero continuar assim minha vida inteira? Sem comentários!

Você pode me dizer: Ah, aperta um pouquinho daqui, um pouquinho dali, e vai economizando. Economizar? Economizar o quê? O que eu não ganho? Se eu quero ou preciso comprar um livro, metade do meu salário vai embora. Se eu quero, ou preciso sair em um fim de semana, é outra quantia que se vai. Aí você me diz: Ah, pare de sair! Parar de sair? Sinto muito. Eu faço muitas coisas durante a semana. No fim de semana eu quero poder arejar minha cabeça, conversar com meus amigos e relaxar! Isso faz bem à saúde, seus workaholics. E eu quero chegar aos 90, lúcida!

Isso tem um tremendo tom de desabafo, e pode ter certeza de que o é. Estou em meu penúltimo ano de faculdade com muito menos perspectivas do que gostaria ou imaginaria ter. Ainda assim não me arrependo da escolha que fiz.

Pelo que tenho observado, arte é como uma doença mortal. Se você pega, ou você trata, levando-a a diante, ou voce perde sua vida, tornando-se uma pessoa amargurada e frustrada, fazendo um trabalho burocrático, ganhando dinheiro, mas sem o menor brilho.

Essa "doença", obriga que voce seja uma pessoa desapegada, obriga que você aprenda a viver e se divertir com pouco. E sempre. Dinheiro? Você não vai ganhar. Então, esqueça os luxos. Viva com o necessário para comprar um livro de vez em quando, sair com os amigos e comprar o que você precisa para trabalhar.

Esta é uma lição que eu procuro ter sempre em mente. Trabalho é trabalho. Diversao é diversao. Às vezes um interage com o outro. E você precisa dos dois. Principalmente, quem usa (em extremo) a mente, o que deveria ser o caso de todo artista. Arte é um trabalho mental. Ou deveria ser (e, lamentavelmente, para muitos não é, mas este é assunto para outro post).

Resumindo tudo o que você leu aí em cima, e parando um pouco com o devaneio, se você quer ter uma profissão simples, vá procurar a medicina ou a engenharia. Dá muito menos trabalho, pode acreditar!


~Sword Sidhe~ 22:33

Eu mesmo no i*Eu!

As portas do Reino Proibido se abrem para te receber, caro forasteiro! Uma fada verde o convida a sentar-se no anfiteatro do castelo e ouvir as histórias fantásticas deste lindo e encantado vale!

Absinct/Female/21-25. Lives in Brazil/Santo André/algo próx. ao Pq. das Nações, speaks Portuguese and English. Spends 20% of daytime online. Uses a Fast (128k-512k) connection.
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